25 de abril de 2013

MAGO - O GUARDIÃO SILENCIOSO


Aquele que é iniciado perante um Mistério Divino passa a ser Guardião daquele Mistério. Ou seja, carrega em si os poderes de realização deste Mistério que através das “Chaves Mágicas” (que passam a existir no Mago após a iniciação) realizam e disparam ações magísticas.

O Guardião é marcado e distinguido pelas Divindades para que seja reconhecido como tal. Assim sendo, o Mago passa a abrigar em si não só as chaves ativadoras dos Mistérios Divinos, mas também todo o conhecimento magístico iniciático somente revelado após a sua iniciação.

Como dizia o Grande Mago Franz Bardon:

“A um imaturo os Mistérios permanecerão sempre ocultos, mesmo se forem divulgados em centenas de livros.”

Portanto, não adianta ter acesso ao conhecimento iniciático se não possui em si as chaves ativadoras do Mistério. E assim o conhecimento antes sagrado passa a ser inútil e profano.


Os magos devem respeitar o Código de Ética da Magia e manter em sigilo tudo aquilo que aprendeu após as iniciações.

O bom Guardião é silencioso.

E os barulhentos silenciarão no momento do acerto de contas.
Estar de acordo com a Lei do Silêncio é essencial.

Saudações Magísticas,
Carla Guedes - SETE LINHAS

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23 de abril de 2013

OS GRANDES MOMENTOS DA MAGIA:



O termo “magia” hoje em dia carrega uma conotação muito surreal, misteriosa. Para compreender o restante do texto peço que se permitam enxergar o termo “Magia” como VERBO MAGIA. A magia é uma ação. É o ato de direcionar energias, poderes, potenciais para o fim desejado.

Assim sendo, destacarei 6 momentos marcantes pelos quais a Magia passou até os dias de hoje. Temos um Primeiro Momento da Magia: 

Contrutora dos Planetas, das Faixas de Vida, e por fim da vida. Fomos criados por Magia, então a primeira coisa que descobrimos na nossa incessante busca pela nossa origem, foi a Magia.

E aí passamos um Segundo Momento da Magia: 
Responsável pelo fluir da vida. Ativar processos magísticos era algo natural, pois zelar pelas nossas necessidades energéticas e pela necessidade energética da Criação nesses tempos era algo como tomar banho e escovar os dentes hoje em dia. Era parte da rotina diária.

Existem muitos mistérios na criação, e cada um era descoberto e manipulado por um grupo de pessoas diferente. Um grupo se utilizava do mistério das águas, outro do mistério do fogo, outro do mistério das pedras e assim por diante. E cada grupo era como “Grupo Guardião de um Mistério”. 

E diante deste contexto tivemos a um Terceiro Momento da Magia: 
Fator de agregação entre os Grupos Humanos. Cada um tinha um momento de peregrinação, no qual saía de seu grupo de origem para ir buscar aprender sobre a manipulação de outros mistérios junto a outros grupos. E o novo conhecimento adquirido era adaptado ao contexto do grupo de origem desta pessoa. Mais para frente, este “intercâmbio magístico” deu origem às muitas vertentes de Magia que temos hoje a nossa disposição.

Com o passar dos tempos e a evolução da civilização, o homem passou a se acomodar e criar hábitos e vícios terrenos. Começou a destruir a natureza, e isso configurou um deficit energético não muito grande, mas suficiente para que alguns abandonassem o hábito da magia, pois já não percebiam a energia de forma plena e equilibrada como antes.

Os grupos que mantiveram a magia na sua tradição familiar começaram a ser ridicularizados e excluídos da sociedade. Iniciou-se um período em que a magia caiu em descrédito. Assim encaminhou-se o Quarto Momento da Magia: 

Provação. Com a magia em descrédito, surgiram magistas que realizavam curas inexplicáveis, salvavam vidas dadas como perdidas pela medicina, resolviam problemas impossíveis, para chamar a atenção da sociedade para a magia novamente e para dar provas às pessoas de que magia funcionava de fato.

Tempos depois tivemos o surgimento da religião e surgiu o ato magístico-religioso. Surgiu a política, e surgiram religiões como instrumentos de dominação política. Aí se iniciou o Quinto momento da Magia: 

Período de Camuflagem. Com o monopólio como objetivo principal, algumas religiões camuflaram os atos de magia que haviam em seus rituais para que com eles ocultos dos olhos do povo pudessem se posicionavam contra os atos de Magia.

Resistindo bravamente à este período de Camuflagem da Magia, os Magos conseguiram trazer a magia até os dias de hoje (hereditariamente, por meio de ordens iniciáticas, covens, etc..), assim como o resto da civilização trouxe e gerou cada vez mais negativismos. Os grupos perseveraram forte, lutaram contra forças adversas e aliados às religiões evolucionistas e expansoras conseguiram elevar a humanidade a um padrão evolutivo e consciencial que nos concedeu a permissão da Lei Maior a abertura de novos Mistérios ao plano material.


Iniciou-se o Sexto Momento da Magia: 
RE-EXPANSÃO. A magia voltando a ser praticada como algo natural, incorporada ao cotidiano. Magia que volta a ser praticada em qualquer lugar, a qualquer hora a qualquer momento. Cada vez mais magos estão se iniciando, cada vez mais religiões estão se dizendo magísticas. A medicina já reconhece a eficácia do resultado da Magia em alguns tratamentos. Existe um verdadeiro exército de Magos à serviço da Lei Maior sendo formado. E vão aumentando a cada dia que se passa. É o momento que vivemos HOJE.

E o trabalho principal dos Magos deste sexto momento é reequilibrar a Criação para ascendermos ao Sétimo Momento. E se trabalharmos com ordenação este sétimo período será de ascensão da Magia e não um declínio novamente.

TFA/PP
Carla Guedes inspirada pelos Mestres Espirituais.


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7 de abril de 2013

BREVE ORIENTAÇÕES SOBRE FALSOS PROFETAS:


Um homem, indiano, buscava com determinação seu crescimento espiritual. No entanto, pela segunda vez havia caído nas garras dos falsos profetas. Ele acreditou cegamente nos falsos mentores e teve grandes decepções.

Mais uma vez, resolveu procurar um guru a quem diziam ser um mestre autêntico, e não um falso profeta. Procurou este homem, que vivia na beira do rio Ganges, na Ìndia. Apresentou-se e começou a conversar com ele. Disse que queria muito encontrar um mestre de verdade e não um oportunista ou aproveitador. Então perguntou:

- Mestre, muitos dizem que o senhor tem grande conhecimento a respeito dos homens santos e dos líderes espirituais. Seria possível o senhor me dizer como podemos identificar os chamados falsos profetas?

- Sim, respondeu o mestre. Na maioria das vezes é uma tarefa difícil conseguir identificar os falsos profetas, pois seu discurso pode ser muito semelhante aos mestres autênticos. Porém, existem algumas orientações gerais a esse respeito, que todos deveriam considerar.

- Que orientações são estas, senhor? Perguntou o homem.

- Em primeiro lugar, você jamais deve perder de vista que o único mestre a que devemos seguir com toda nossa dedicação é o nosso mestre interior. O mestre externo nada mais é do que um canal para a expressão do seu mestre interno. O mestre externo funciona tal como um espelho que visa refletir a sabedoria que já existe latente em teu próprio interior.

- Acho que entendi mestre, e o que mais?

- Além desta, existem sete orientações gerais que podem ajudar qualquer pessoa a reconhecer ou identificar um falso profeta.

- A primeira orientação, e talvez a mais importante, é procurar perceber se o mestre ou líder religioso coloca sua própria personalidade em destaque. Os falsos profetas sempre colocam seu ego acima da sabedoria da mensagem que propagam. O mestre autêntico expõe sempre o ensinamento em primeiro plano, e seu ego fica sempre em segundo plano, ou quase não aparece. Os falsos mestres sempre desejam o culto ao ego.

- Entendi mestre, respondeu o homem. E a segunda orientação?

- A segunda orientação diz respeito a imposição de dogmas e ao livre pensamento. Um falso mestre sempre dirá que você deve aceitar as verdades que ele ensina de forma cega e total. Seu livre pensamento não é respeitado, e você precisará adotar a fé cega, sem que possa refletir sobre o dogma imposto.

- Verdade mestre, e a terceira orientação?

- A terceira orientação diz respeito ao ensinamento e sua prática. Os falsos mestres sempre ensinam uma coisa, mas na praticam fazem outra coisa. Seus atos não correspondem aos seus ensinamentos. Eles pregam grandes verdades, mas quase não as praticam. Um mestre autêntico ensina mais pelo exemplo, pela sua história de vida, do que meramente por palavras. Uma vida de pureza e virtudes é o melhor tratado de sabedoria que uma pessoa pode "escrever" e deixar registrado para as gerações futuras.

- A quarta orientação aborda sobre o respeito ao livre arbítrio do fiel ou seguidor. Um falso profeta, sempre que puder, dirá ao fiel o que ele deve fazer em sua vida. Um mestre autêntico apenas orienta e deixa o seguidor refletir e ele mesmo escolher como agir. Os falsos profetas gostam muito de controlar os seguidores, e uma das melhores formas para isso é sempre dizer a eles o que fazer e como se comportar. Mas a escolha do seguidor deve sempre ser respeitada, pois o fiel é quem deverá colher os frutos das boas ou más ações que praticar. Embora possam receber orientações e recomendações, cabe apenas a própria pessoa decidir quais serão suas ações no mundo.

O homem ouvia atentamente as palavras do guru. Este continua:

- A quinta orientação diz respeito à dependência e a independência. Os falsos profetas desejam sempre que seus seguidores dependam dele. Nenhum mestre deve criar uma relação de dependência entre ele e seu seguidor. O mestre verdadeiro deseja que o fiel se torne independente do próprio mestre, e num futuro breve possa guiar sozinho a sua vida e seu caminho espiritual. Um motorista jamais aprenderia a dirigir se o professor sempre guiasse o veículo. O mestre ajuda o discípulo para que futuramente o discípulo não mais precise de ajuda. Apenas os falsos mestres querem manter seus discípulos dependentes dele, pois essa é uma excelente forma de dominação.

- A sexta orientação versa sobre a ilusão da exclusividade de um conhecimento. Os falsos profetas sempre dirão aos seguidores que eles (os supostos mestres) são os únicos detentores de uma verdade, e que apenas eles ou a doutrina que eles pregam podem conduzir os fiéis à verdade ou a Deus. Desconfie sempre dos falsos profetas que afirmam serem os únicos canais de um conhecimento, e que aquela sabedoria é exclusividade de uma pessoa ou um grupo.

- E finalmente a sétima e última orientação, que fala sobre a responsabilidade e a culpabilização. Os falsos profetas quase sempre colocam a culpa do sofrimento do fiel em algo externo a ele, sejam demônios, entidades, família, sociedade, etc. O mestre verdadeiro sempre coloca a responsabilidade de tudo o que ocorre com o seguidor nele mesmo. Em última instância, somos responsáveis pelo céu ou o inferno que vivemos, que nada mais é do que uma criação nossa. É verdade que existem milhares de influências neste mundo, mas a forma como nós encaramos ou enfrentamos as adversidades depende de nós mesmos. Portanto, tudo o que nos acontece tem a nossa participação ativa, mesmo que não tenhamos consciência das causas. Estas são as orientações gerais para não se deixar levar pelos falsos profetas. Quem medita nestes pontos, dificilmente será enganado.

Autor: Hugo Lapa

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1 de abril de 2013

O HOMEM E OS QUATRO MUNDOS CABALISTICOS



Como sabemos, o homem foi criado (Gênesis 1-27) e formado (Gênesis 2-7) pelo Incognoscível , o homem é pois uma criatura especial, único ser que, quando adequadamente preparado e em níveis especiais de consciência extática pode observar e, em alguns casos, até mesmo vivenciar pelos três dos quatro mundos: 

Mundo da Criação, Mental ou Espiritual (HaBriá),

Mundo da Formação (Haletizirá)  

Mundo da Ação ou Reprodução (HaAssiá).

Mundo da Emanação (HaAtzilut), 

O plano Divino, é vedado ao homem, pois nele habita a tríplice força criadora.

Plano de Ação ou Reprodução (HaAssiá) É o mundo físico ou material onde nascemos, vivemos e nos movemos, a criação atinge o seu maior grau de materialidade. O que a maioria de nós percebemos com os olhos corporais é somente a esfera mais inferior e mais densa da matéria. Como muito bem disse Shekespeare, “Entre o céu e a terra há mais coisas do que a vã filosofia humana pode imaginar”.

Esta incapacidade de percebermos esferas mais evoluídas (menos densas), inclusive em nosso próprio mundo material no qual vivemos é temporária, uma questão de evolução, estágio no qual a maioria dos seres humanos se encontra atualmente. Porém, cada um de nós, ao seu próprio tempo, evoluirá e atingirá novo plano de consciência e habitará segundo os ensinamentos Cabalísticos, em outros mundos da criação, pois somos criados e formados a imagem e semelhança do Criador, a quem na no Martinismo denominamos de Incognoscível, Criador ou Deus.

Por isto somos filhos e parte da criação dos mundos, seres especiais e complexos que ao mesmo tempo possui Corpo (Nephesh) com o princípio vital, o Espírito ou veiculo de comunicação (Ruach), sede da vontade e a personalidade humana propriamente dita, a Alma (Neshamah), a centelha divina.

O corpo pertence ao mundo da Ação ou Reprodução, o espírito ao mundo da Formação e a Alma no mundo da Criação, Mental ou Espiritual. 




Apesar de distintas estas três partes que compõe o ser humano interpenetram-se umas nas outras, interagindo-se constantemente. Isto pode ser expresso pelo espectro solar que, apesar de possuir várias cores, funde-se uma nas outras ou ponto de não se distinguir exatamente.

Cada uma destas três partes possui três subdivisões analógicas “que provém da localização e dos reflexos dos respectivos princípios. Desta forma, distinguimos no homem nove elementos, ou seja, três partes principais com três graus cada uma:”

A) - Corpo (Nephesh): 1) O concreto no concreto; 2) o particular no concreto; e, 3) o geral no particular;

B) – Espírito (Ruach): 1) O concreto no particular; 2) o particular no particular; e, 3) o geral no particular;

C) - Alma (Neshamah): 1) O concreto no geral; 2) o particular no geral; e, 3) o geral no geral. 

O Corpo (Nephesh), além do corpo físico propriamente dito. Sua atividade ideal é quase nula, a sensibilidade passiva para o mundo material é sua marca”. Recebe impulsos da Alma e do Espírito, com quem age e interage via atividade cerebral (pensamentos e ações, boas ou más). 

O Espírito (Ruach) já não é tão sensível às influências da matéria, mas flutua entre a atividade e a passividade, entre a inferioridade e a superioridade. Recebe sensações (vibrações em determinado padrão de energia) do plano material, impulsionando estas sensações para realizações (boas ou más). “Dispõe de si mesmo e manifesta-se por e para fora do corpo em ações livres e voluntárias”.

O Espírito é, digamos assim, a camada intermediária entre o Corpo e a Alma, entre o material e espiritual, e com estes se relaciona constantemente em três níveis: 

a) Primeiro nível – O Espirito é excitada pelo Corpo (que lhe é inferior) e sobre este age dando-lhe impulsos para pensamentos ou ações (boas ou más) especificas, dependendo da vibração mental (pensamentos conscientes e/ou inconscientes) daquele determinado ser humano. Daí o porque da grande utilidade de nos controlarmos, sermos tolerantes, perdoarmos do fundo do coração toda e qualquer ofensa que recebermos, ou seja, de vencermos nossas paixões, orgulhos e vaidades.

b) Segundo nível – O Espírito recebe influências do campo material (conforme sua natureza coletiva - se boa ou má, se positiva ou negativa) e sobre este também influencia. Daí o porque da extrema importância de nos lapidarmos diária e continuamente, da extrema necessidade de influenciarmos positivamente a comunidade em que vivemos... 

c) Terceiro nível – O Espírito é estimulada pela Alma (que lhe é superior) a progredir, desenvolver-se, elevar-se espiritualmente. Nestes momentos o Espírito, como que agradecida, comunica a Alma suas experiências individuais. Daí o porque da razão para nos reunirmos em um Templo, Septem ou Heptada nos sintonizarmos com as forças Criativas do Universo, de crer num ente superior.

A Alma (Neshamah) é um ser puramente interior, cuja atividade dominante é a receptividade e onde não se encontra mais a sensibilidade passiva do plano material. A atividade aqui dominante é a receptividade. Vive sua própria vida, e vive só para o geral e para o mundo espiritual. Porém, além das relações com a divindade, esta em constante relação com o Espírito e o Corpo, em que se reflete e para os quais constantemente passa impulsos de elevados princípios espirituais. 



“O Corpo e o Espírito são imagens exterior da Alma. Se nós Martinistas, apesar de todas batalhas que temos que travar diariamente para viver e progredir, nos prepararmos psicologicamente para nossa atividade Templária, no dia dos trabalhos, deixarmos realmente todos assuntos profanos para foram do contexto espiritual, e mais ainda adentrarmos ao Templo com o coração aberto, tenham certeza nós iremos sem dúvida estar em sintonia com as energias revigoradoras da sua própria Alma e da Alma de nosso Criador e também a Alma de nossos Iniciadores através de “ Le Choise”.

O grande segredo da evolução humana é que o Corpo físico, via atividade cerebral consciente, pode influenciar as estruturas do seu próprio ser, emitindo impulsos para o Espírito que, por sua vez retransmitirá a Alma que, confirmando a autenticidade e pureza destes impulsos, nos abrirá canal direto com a própria divindade como já afirmamos acima.

Devemos evitar que ao sairmos de nossos trabalhos nos esqueçamos dos pensamentos superiores e de nossas obrigações para com a Humanidade e sua evolução. Todos aqueles que ao saem de seus Templos e mantém-se firme no propósito de combater o bom combate, de trabalhar somente com pensamentos de fraternidade, de amor ao próximo, e na transformação dos Homens da torrente em Homens de Desejo, estes sim, continuarão em sintonia com as energias da Divindade.


TFA/PP

Elaboração: Ir MM.´. Daniel Martina R+C

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