23 de janeiro de 2012

A Grande Loja Celestial - O Sonho


Tive um sonho há não muito tempo.

E nesse sonho eu tinha passado para a Loja Celestial e

encontrava-me mesmo junto ao Portão das Pérolas.


Não era São Pedro quem me aguardava, mas

antes um Peregrino de bordão e lanterna, vestido com um manto
ou túnica larga, com o capuz puxado por cima da cabeça.



Estava tão dobrado que mal se viam os seus olhos ou o
movimento dos seus lábios.



"Eis um Viajante", disse ele com uma voz rouca.


"Sim, sou e acho que fiz uma longa viagem", retorqui.


"Podes prová-lo?", perguntou o Peregrino.

"Tenho a certeza que posso provar, sem margem para

dúvidas de ninguém, que sou um Mestre Maçon", respondi.



"Está bem. Segue-me."

"Para onde vamos?"


“Para a Loja Celestial.”


"A Loja Celestial no além, que bom".


"Não, só Loja Celestial; no além já nós estamos."


Para iniciarmos o caminho, tentei dar um passo largo, mas

permaneci no mesmo sítio. O Peregrino disse:


"Aqui, o caminho faz-se em pensamento. Basta que
te visualizes a seguir-me."



Assim fazendo, movimentei-me sem qualquer esforço, como se
estivesse sobre uma passadeira rolante no aeroporto.
Chegámos ao nosso destino num abrir e fechar de olhos.



Diante de nós, estavam o que parecia serem nuvens vermelhas,
azuis e púrpura, nas quais brilhavam, num azul marinho iridiscente,

quais salpicos brilhantes, o Esquadro e o Compasso.


"É este o aspeto das luzes de néon no Paraíso?", pensei.


"É lindo", disse eu, "mas onde está a letra G?"



"Aqui não usamos a letra G", respondeu o Peregrino. "O que a
letra G simboliza está presente no Oriente. Não é preciso o símbolo
do Criador quando o Criador está presente.


O Eu Sou Quem Sou é Quem.

Quando nos aproximávamos,uma voz estentória inquiriu,


"Quem vem lá?"


"Um Viajante que atravessou o Portão das Pérolas," respondeu o

Peregrino.


"Ele tem passe?" Perguntou a voz forte.



"Não tem. Respondo eu por ele."


"Ele aguardará até que o Todo-Poderoso seja informado da sua

presença e a Sua resposta seja recebida."



Dentro de pouco tempo, uma mulher com um vestido cor de

lavanda onde brilhavam lantejoulas brancas em forma de
estrelas, surgiu de entre a massa de nuvens e disse, "Entra pela
porta externa para a antecâmara".


Lancei um olhar inquiridor ao Peregrino.


Lendo os meus pensamentos, ele rapidamente respondeu, "Aqui
nós aplicamos integralmente a lição do Nível."



As nuvens dissiparam-se e eu interroguei-me se seria Moisés
quem estava do outro lado da porta. Enquanto atrás de nós as
nuvens se fechavam novamente, entrámos na antecâmara. Um
homem aguardava-me e, antes que eu pudesse falar, disse-me,


"Não, eu não sou Moisés, sou Hiram Abiff, e sou o Mestre de
Cerimónias que te vai conduzir ao longo do teu próximo grau."


"Tenho outro grau para receber?", perguntei timidamente.


"Sim, meu irmão, mas primeiro temos de proceder a alguns

preliminares, transmitir algumas informações, e então estarás
prepararado."



O Irmão Abiff solicitou e recebeu todos os passos, sinais, palavras e
toques dos graus terrenos através do pensamento.
Seguidamente, disse, "devo perguntar-te se vais prosseguir
de tua livre vontade e acordo.


“Tenho escolha? “, perguntei.


"Oh sim, podemos mandar-te de volta."


"Mandar-me de volta, PARA ONDE?"


"Para onde vieste. Mas haverá uma condição."


"E qual é ela?"


"Não vais voltar a ser quem eras lá. Vais começar tudo de novo,

como outra pessoa."



"Então, quem vou eu ser?"



"Não está predeterminado, mas, como se diz na Terra, é uma

lotaria. Podes voltar como uma nova pessoa na China, ou na
Índia, ou na Alemanha, ou em Cuba, ou no Uganda ou em
qualquer lugar."



"E o que é que eu vou fazer lá?"



"Aquilo que escolheres fazer. Bem vês, com o livre arbítrio tens
sempre uma escolha. Más escolhas, no entanto, geralmente
geram maus resultados."



"Acho que gostaria de continuar aqui."



"Muito bem, então assim será."



Fiz uma boa escolha?"


"Não me compete a mim dizê-lo. O lixo de um homem é o tesouro de

outro, como diz o ditado. Como provavelmente terás notado, o
teu corpo, bem como o nosso, é apenas uma ilusão. A melhor
descrição do que és, neste momento, é pura energia. Como
tal, em vez de seres desnudado ou vendado, será diminuída a tua
energia, de modo que poderás ouvir, mas não ver ".



"É este então o 34 º grau?"



” "Não", respondeu o Irmão Abiff.



"Este é o último grau. Agora, segue quem te guia e não temas
nenhum perigo."



Texto da autoria do Irmão
Frederic L. Milliken,

Originalmente publicado no excelente sítio maçónico Freemason Information, colocado em BEE HIVE, e, com a devida autorização do seu autor, traduzido.

20 de janeiro de 2012

Sinceridade - Uma Valiosa Qualidade


Aqueles que dos planos de luz têm a incumbência de nos orientar e dirigir por certo não esperam de nós perfeição absoluta. Sabem que estamos presos à matéria e sujeitos ao seu campo vibratório. Pedem-nos apenas sinceridade naquilo que fazemos. Se em nosso caminho nos afastarmos das experiências que nos servirão de ensino, eles, a tempo, nos farão retroceder e entrar no verdadeiro caminho. Se palmilharmos atentos a estrada certa, alcançaremos o conhecimento que viemos para adquirir.

Portanto, é a sinceridade que nos recoloca diante do verdadeiro dever.

Enquanto encobrimos nossa face com a máscara das aparências, ainda que o mundo nos coloque num pedestal, nossa permanência aí será efêmera como são efêmeras nossas considerações pessoais.

Não é o ato simplesmente que é julgado pelos seres maiores da espiritualidade, mas o sentimento que impulsionou o ato.

É fácil parecermos gentis e ostentarmos certas atitudes espiritualizadas; o difícil é agirmos em consonância com princípios que nas nossas relações diárias nos harmonizem com nossos semelhantes, embora nem sempre sejamos aceitos.

A sinceridade tem o dom de desagradar aqueles que ainda estão ligados a preconceitos do mundo, que esperam lisonjas e desejam aplausos. A criatura sincera não se permite satisfazer a esses caprichos. Isso a leva a ser afastada do caminho dos que ainda vivem exclusivamente para ilusões vazias de sentido.

Não precisamos ser rudes, mas devemos manter intactas nossas convicções. Importa sermos sinceros, sem condenações às idéias de ninguém.

Inútil e ridícula, também, é a atitude de superioridade sobre os demais, como se todos estivessem errados.

Só a sinceridade em nossos esforços nos credencia diante dos que nos guiam a evolução.

Agir apenas com o propósito de agradar os outros é condenarmo-nos à eterna escravidão.


Autora:  Cenyra Pinto
Colaboração: Wagner  Weneziani Costa

16 de janeiro de 2012

A Essência de Deus e a Força do Amor



"O mundo nasceu do amor, é sustentado pelo amor,
caminha para o amor e termina no amor".

Provérbio Hindu

Embora já se conheça a natureza humana, ainda bem agressiva em virtude do instinto animal presente, e os comportamentos que chocam a percepção de quem assiste às notícias de guerra, terrorismo, criminalidade e raiva descontrolada, vale a pena compreender o outro lado desta moeda: o amor. Ele pode ser entendido a partir de uma ótica interessante: a sua origem divina e o seu desenvolvimento no cotidiano.

Pensadores consagrados de diferentes épocas expuseram alguns pontos de vista a respeito da essência de Deus encontrada no ser humano. Tomás de Aquino (1225-1274) descreveu acerca da justiça como algo essencial e parte da natureza humana. René Descartes (1596-1650), relatou que: "A idéia de Deus está impressa no homem, como a marca do obreiro em sua obra". E na bíblia, em Gênesis 1:26, lê-se claramente a intenção de o criador fazer o homem à sua imagem e semelhança. E, retratando o amor, em Romanos 5:8, encontra-se: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores".

Refletir acerca da evolução necessária ao homem é estar ciente dos fatos naturais e imprescindíveis para que a natureza humana se aperfeiçoe. Contudo, abrir o coração para participar desta especial trajetória, ampliará as chances deste objetivo. O amor divino presente em todos nós precisa ser exercitado diariamente. Ele está sempre disponível para ser praticado em qualquer situação, desde que haja consciência a respeito de sua verdadeira força e do poder de transformação nele existente.

Uma boa forma de avançar nesta direção é saber que convivemos com os dois lados: ódio e amor. Todavia, cabe-nos administrar este eixo com pontos tão distintos. É como em Provérbios: 10:12 "O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões". Na convivência familiar: tolerando, ensinando e exemplificando. Na vida profissional: respeitando, colaborando e amparando. Em diferentes situações, com pessoas estranhas: tendo paciência e compaixão, ouvindo-as etc. Mas isto é possível somente pelo exercício, cuja decorrência é a habilidade.

Lembrar que a essência de Deus está presente em nós, e que podemos acioná-la em nosso favor é bem motivador, além de elevar os sentimentos aos graus do bem-estar e da boa auto-estima. Quantas pessoas já se beneficiaram ao dar e receber o amor, transformando-se e colaborando na transformação do outro. Usar o poder do amor é uma meta a ser perseguida sempre. Leon Tolstoi bem define: "O verdadeiro amor não está nas palavras mas nas ações, e só o amor pode conferir-lhe a verdadeira sabedoria". Esta força que provém de uma origem divina concede ao homem a ferramenta necessária ao bom convívio entre as criaturas e à evolução da própria espécie. A força do amor está ai, use-a.


A Mulher na Maçonaria - História de Lutas e Vitórias

Brenda Taylor a Grão Mestre da Order of Women Freemasons

"QUANDO FORMARDES OS DOIS UM, E O INTERNO COMO O EXTERNO, 

E O ALTO COMO O BAIXO, A FIM DE FAZER O MACHO E A FÊMEA

EM UM SÓ, PARA QUE O MACHO NÃO SE FAÇA MACHO, E A FÊMEA
 NÃO SE FAÇA FÊMEA, INGRESSAREIS ENTÃO NO REINO".
(dito 23 do Evangelho segundo São Tomás)

A participação da mulher na maçonaria é muito pouco conhecida por historiadores de nossa época, tendo em vista as dificuldades interpostas, dentre as quais a destruição de uma grande parte dos documentos que comprovavam tais fatos; os próprios maçons de lojas exclusivamente masculinas, resistiam e ainda resistem a idéia de que as mulheres possam fazer parte da sociedade maçônica.

A bem da verdade, posso afirmar que a relação entre a mulher e a maçonaria, marcada por separações e reconciliações, sempre foi conturbada e polêmica. 

Esta pesquisa busca resgatar, dentro do possível, através de registros e depoimentos, a incansável luta de algumas, muito poucas, posso afirmar, mulheres que através dos movimentos feministas, desafiaram os preconceitos e conquistaram o direito de igualdade, tanto políticos como sociais.

Vamos pela linha do tempo:

Na Idade Média (final do século XVI), havia restrição quanto ao ingresso da mulher na maçonaria e o motivo, segundo pesquisa, se dava principalmente pela dificuldade de ofícios, já que era uma sociedade caracterizada pela miséria e falta de empregos, e os homens, receando que as mulheres se tornassem operárias e ganhando menor salário, reduzissem desta maneira suas oportunidades. Maria Oliveira Alves, secretária de relações Públicas do Grande Oriente, declara em entrevista a uma conhecida revista, que a proibição de mulheres nos rituais coincidiu com o período de "caça às bruxas", - era o tempo em que as mulheres só podiam desenvolver o INTELECTO nas labaredas da inquisição, - disse ela.

Antes desse período, nas tradições das sociedades secretas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural podiam ser iniciados na maçonaria e seus mistérios, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre. A perseguição da mulher começou na Inglaterra por influência dos mistérios Judaicos-Mitro-Romanos e algumas agremiações operativas da Idade Média, que viviam na clandestinidade, para escapar das cruéis perseguições eclesiásticas e políticas.

Em nenhuma escola pesquisada anteriormente, foi encontrado algo que proibisse o ingresso da mulher na ordem; pelo contrário, nos antigos mistérios do período operativo, a mulher desempenhava funções em igualdade com o homem, com a diluição desses mistérios pelas religiões, principalmente a Igreja Católica, as mulheres acabaram sendo discriminadas e inferiorizadas, e o clero feminino limitou-se a prestar serviços aos dirigentes eclesiásticos. Alegavam, nas sociedades antigas que a posição de inferioridade da mulher era devido à sua fragilidade física, sendo que até a esterilidade conjugal era indevidamente associada à mulher, pois não poderia comprometer o macho da espécie perante seus congêneres.


Na Magazine Freemason, publicado em 1815, aparece o texto de um pequeno livro chamado Manuscrito "Poema Régio", datado de 1730, descoberto por um antiquário, com 794 versos, nada consta nesse manuscrito que revele que a ordem seja restrita aos homens, pelo contrário, pois em seu art. 10º, versos 203 e 204, diz: "Que nenhum Mestre suplante o outro, sendo que procedam entre si como irmão e irmã". No item 9º, versos 351 e 352, encontra-se: "Amavelmente servimo-nos a todos, como se fôssemos irmão e irmã". Somente no verso 154 existe uma proibição, que é a de admitir servo como aprendiz. Há também uma citação das ordenações da Loja Corporação de Corpus Christi, em York, d 1408, que diz: "Nenhum leigo será admitido na corporação, exceto apenas aqueles que exercem uma profissão honesta, mas todos sejam clérigos ou leigos e de ambos os sexos, serão bem recebidos se forem de boa reputação e de bons costumes". No mesmo manuscrito, se indica que os irmãos e irmãs deverão prestar juramento sobre o livro e várias vezes se faz alusão a dama, particularmente no juramento do aprendiz, onde ele jura obedecer ao Mestre ou a Dama. Acredito que isso seja suficiente para provar que existiam sim, mulheres em seus canteiros de obras.

A exclusão da mulher só aconteceu a partir dos "Landmarks" que contrariavam as tradições e sociedades secretas antigas. Proibições estas, impostas pelo presbítero James Anderson, supostamente maçom, que no art. 18 de sua constituição de 1723, após a mudança da maçonaria operativa para especulativa, em 1717, vetou também a iniciação de escravos e deficientes físicos.

Sobre estas reformas de 1717, o maçom Miguel André Ransey diz: - Muitos dos ritos e costumes, quando contrários aos reformadores, foram mudados ou suprimidos. Também, segundo alto maçom Charles Sotseran, "As constituições de 1723 e 1738, do suposto maçom James Anderson, foram adaptadas para a então recém formada Primeira Grande Loja de Livres e Aceitos Maçons da Inglaterra.

Anderson adulterou estas constituições, e para fazê-las atuar legalmente, alegou que quase todos os documentos relativos à maçonaria haviam sido destruídos pelos reformadores, em 1717. Charles admite: "A maçonaria especulativa tem muitas tarefas e uma delas é a de admitir a mulher como colaboradora em suas atuações como fizeram os Húngaros com a condessa Haiderik. Quanto ao presbítero, não provavelmente maçom, seguindo os costumes clericais, e sua própria inclinação, tirou da mulher um direito que foi dela durante centena de anos.

A maçonaria, não se conformando com essa discriminação, em 1730, sete anos depois da constituição de Anderson, criou na França um movimento, a Maçonaria de Adoção, destinada à mulher, sendo então fundada a ordem da Fidelidade, e que tinha apenas quatro graus. Em 1732, surgiu a Ordem dos Cavaleiros e Herínas da Âncora, dos Cavaleiros e Ninfas da Rosa, que não aceitavam mulheres como membros regulares, mas que lhes comunicavam sinais de reconhecimento e aceitavam suas presenças em determinadas cerimônias.


Em 1738, surgiu na Alemanha a Ordem de Moisés, em 1747, a Ordem dos Lenhadores, ordem esta que tomou suas principais cerimônias dos Carbonários, que na época existia na Itália. O lugar de reunião era chamado Corte Florestal, como se diria em tempos atuais "Pedreiros da Floresta", o Mestre tinha o título de Pai-Mestre e seus membros eram tratados por primos e primas. Esta ordem foi muito popular, e as senhoras de França nela foram muito bem acolhidas. Segundo um Historiador, o sucesso desta ordem foi grande, ocasionando a criação de outras; entre as muitas distinguiram-se a Ordem do Machado e a Ordem da Felicidade, as quais aproveitando-se da galanteria com que as senhoras se destacavam, combateram fortemente o exclusivismo da Franco-Maçonaria.

Em 1774, o Grande Oriente da França, percebendo que essas sociedades contavam com inúmeros membros, e que podiam prejudicar de alguma forma moral a que se propunha, criou um novo rito chamado de Adoção, que estabeleceu regras e leis para seu governo, prescrevendo que só os Franco-Maçons pudessem comparecer as suas reuniões, que cada Loja de Adoção estivesse sob o jugo de uma Loja Maçônica regularmente constituída, e que o Venerável desta última, ou seu deputado, fosse o oficial que presidisse acompanhado da presidente da Loja de Adoção.

Em 1775, com as regras acima, foi estabelecida em Paris uma Loja sob o título de Santo Antonio, sob a presidência da Duquesa de Bourbon, a qual foi também nomeada Grã-Mestra do novo rito e meses depois foram fundadas as lojas "Candura" e "Nove Irmãs".

Em 1778, é fundada a Loja Estrela do Oriente, o rito de adoção tinha apenas 4 graus: Aprendiz, Mestra e Perfeita Mestra.

Em 1786, o conde Cagliostro, iniciado em 1760, na antiga maçonaria, pelo conde Saint Germain, fundava a Loja chamada Maçonaria Egípcia, para homens e mulheres; alegavam que se as mulheres haviam sido admitidas nos antigos mistérios, não havia razão para excluí-las das ordens modernas. A ordem de Moisés se espalhou pela Alemanha e o Rei Frederico I querendo proteger as mulheres, pôs a ordem sob sua proteção. A ordem cresceu, transpôs fronteiras e chegou a França, onde entrou sob forma de maçonaria de adoção.

Os argumentos usados pelos homens segundo Luciana Andréia Araújo, não convenceram as mulheres a ficar fora dela, ao contrário, afirma Luciana, acabaram ouvindo rituais atrás de portas, iniciaram-se nos mistérios e criaram suas próprias lojas.


Segundo narrativas de fontes orais, a senhora Beaton, escondeu-se no forro de madeira de uma loja de Norfolk, na Inglaterra, surpreendendo os segredos maçônicos. Foi então iniciada. Esta mulher guardou os segredos até sua morte em 1802.


Madame Xaintrailes (não se tem data precisa), numa festa de adoção, antes da entrada dos membros da loja, entre os visitantes estava um jovem oficial, em uniforme de cavalaria. O maçom encarregado do exame dos visitantes, pediu-lhe o certificado de maçom para ser examinado pela loja. O oficial entregou um papel dobrado que foi encaminhado ao orador da loja, o qual, ao abri-lo descobriu que se tratava de uma patente de ajudante de ordens, outorgada pelo Diretório (1795 - 1799) à esposa do general Xantrailles, uma mulher que, com várias outras naqueles tempos conturbados, tinha revestido o traje masculino, alcançando uma graduação militar pela espada.


O historiador H. de Oliveira Marques conta que, em 1764, a arquiduquesa Maria Tereza da Áustria proibiu a ordem maçônica em seus domínios, depois de ter sido impedida de participar dos rituais secretos. O motivo pela qual a Rainha Elizabeth I teria perseguido a ordem na Inglaterra seria o mesmo.

Depois da revolução Francesa os aventais femininos novamente foram excluídos. No final do século passado Marie Deraisme, feminista de primeira grandeza, fundou a primeira escola de obediência oficial, com o nome de a Grande Loja Simbólica Escocesa Mista "O Direito Humano". A potência estendeu suas raízes pela Suécia, Inglaterra, Holanda, Itália e Argentina, sendo também fundada no Brasil em 1919, registrada como Isis, em homenagem a deusa do sol. Não há muitos registros sobre sua difusão.

A Grande Loja Feminina da França, tornou-se a primeira potência legítima para administrar a maçonaria feminina Francesa.

A maçonaria era antigamente regida pelos Old Charges (antigas obrigações ou deveres), Old Charges, nome em Inglês dado a mais de cem manuscritos existentes atualmente, que contém a história legendária da maçonaria operativa antes de 1717.

Cagliostro registrou sua esposa, Laurenza, Grão Mestre de uma Loja adotiva feminina; são daí iniciadas várias damas da nobreza. Em 1786, Catarina II, imperatriz da Rússia, presidiu a Loja Clio, conforme cita Vera Facciolo, soberana Grã-Mestra da Grande Loja Arquitetos de Aquário, do Grande Oriente de São Paulo, em sua tese "A mulher na maçonaria", apresentada no V congresso Maçônico Internacional de História e Geografia, realizado no Rio de Janeiro em março de 1990. A controvertida figura do conde Calistro, ou José Bálsamo, como afirmam alguns historiadores, criou em Lyon em 1786, o rito egípcio da maçonaria andrógina, que teve a princesa Lambelle como primeira Grã-Mestre honorária.

A revolução Francesa foi brutal para os maçons, assim como para a princesa Lambelle que foi massacrada em 1792 na prisão da forca; outras permaneceram no cadafalso; uma grande parte imigrou. Não parece Ter havido lojas no período Jacobino, mas a partir do consulado elas se reconstituem. Deu-se uma grande importância a certa tradição, segundo a qual Josephine Beauharmais, membro de uma loja adotiva, tinha sido encarregada pelo seu segundo marido, Bonaparte, de reconstruir essas lojas. Tornado-se imperatriz, assistiu pessoalmente a iniciação da condessa de Canisy, sua dama de honra, numa assembléia que teve lugar em Estrasburgo no ano de 1810. A partir daí não mais existiram lojas femininas na França até 1810.

A criação de lojas femininas tornou-se tão presente depois de 1871, e desde então foi tão fortemente apoiada por certos maçons que ela suscita uma criação exemplar, o que vem a acontecer através de Marie Deraisme, nascida em 1828, em Bourbon. Marie Deraisme é uma excelente escritora com talento de oradora, e as belas frases tanto escritas como faladas surgem com facilidade. Esta faculdade permite-lhe servir com eficiência a causa feminista.

Na Segunda metade do século XIX, a emancipação da mulher é uma realidade, e é nesta corrente de pensamento que Marie Deraisme se envolve. Marie é convidada para fazer uma série de conferências no Grande Oriente. Ela ia recusar quando um artigo de um jornal, que criticava as mulheres de letras, lhe chama atenção. Indignada com a afronta do masculino contra o feminino, ela muda de idéia. Sua luta pela emancipação da mulher se estende por mais 20 anos.


Em 14 de janeiro de 1892, na loja "Les Libres Penseur", em Pec, na Normandie, Marie Deraisme recebe a luz maçônica, e no mesmo dia recebe os graus de companheiro e mestre maçom. A Grande Loja da França, ao tomar conhecimento deste fato, expulsou esta loja e seu Venerável Mestre, Obram. Dr George Martin, persuadiu este Venerável Mestre a fundar uma organização aberta a homens e mulheres, em pé de igualdade, juntamente com a escritora e jornalista Marie Deraisme. O Franco-Maçom, George Martin, Senador da República, que vinha trabalhando pela admissão da mulher na maçonaria, ofereceu sua ajuda a Marie Deraisme, que está resolvida a ver seu sonho realizado.

Esses três seres complementares reúnem seus conhecimentos para enfim, depois de tantos obstáculos criados por alguns franco-maçons, Marie Deraisme realiza sua grande obra; nasce oficialmente, em 04 de abril de 1893, a Grande Loja Simbólica Mista da França. A nova potência foi denominada "Le Droit Humain" (O Direito Humano). A escritora, Marie Deraisme fundou ainda a primeira loja feminista durável que levou o nome de "O Direito Humano"; é uma loja mista de rito Escocês, mas que só inicia mulheres.

Em Portugal, o boletim oficial do Grande Oriente Lusitano, registra em 1881, a existência em Portugal de uma loja de adoção, com o título de "Filipinas de Vilhena", aprovada pelo decreto nº 18 de 29 de dezembro de 1881, autorizando a instalação e regularização, sob os auspícios desse Grande Oriente, como filial 01 da loja "Restauração de Portugal". Essa loja teve vida agitada dentro da maçonaria, sendo expulsa deste Grande Oriente pelo decreto 9 de 10 de junho de 1883. Ingressaram então na nova Grande Loja dos maçons livres e aceitos de Portugal.

Esta loja feminista abandona a Grande Loja em 29 de outubro de 1884, indo a seguir, filiar-se à Grande Loja Departamentel de Fortaleza do Grande Oriente da Espanha, até que em junho de 1885, a Venerável é expulsa, acabando assim a agitada vida da 1ª loja de adoção de Portugal. Somente em 1904, é que voltam a aparecer lojas de adoção em Portugal, e pouco a pouco as senhoras conquistaram sua independência, passando a se organizar em lojas femininas independentes, tal como as lojas masculinas, com representação própria e nitidamente apoiada pela "Le Droit Humain" Francesa.

Em São Paulo, a 4 de janeiro de 1871, irmãos das lojas "Amizade", do Grande Oriente Beneditino, fundaram a loja feminina, "Sete de Setembro" da qual foi a primeira Grã-Mestre, Francisca Carolina de Carvalho.

Vera Facciolo, em sua tese, cita uma relação de nove lojas femininas, fundadas sob a jurisdição do Grande Oriente Unido, e que tiveram vida entre 1874 e 1903. Em Campos, a loja "Anita Bocaiúva"; no Rio de Janeiro, "A estrela Fluminense" e as "Filhas do Progresso"; em Curitiba a loja "Filhas de Acácia"; em Juiz de Fora a loja "As Filhas de Hiran"; em Bagé, "Fraternidade"; em São João da Barra (RJ) a "Perseverança"; em Barra do Itapemirim (ES), "Teodora". Dessas lojas, uma foi dissolvida, uma eliminada pela ordem, três simplesmente desapareceram, e uma teve o pedido de regularização indeferido, as três restantes foram dissolvidas e cassadas por ato de Grão-Mestrado em 25 de setembro de 1937. Segundo a Grã-Mestre Vera Facciolo, entre 1874 e 1903, existiu em Bagé (RS), a loja mista "Fraternidade", portanto pode-se afirmar que as lojas mistas do Rio Grande do Sul, existiam antes de 1937. Até este ano foi encontrado provas de tais lojas.

Em Porto Alegre, até 1937, havia uma loja mista denominada "Verdade e Justiça nº 659", trabalhava em um prédio na rua República, e era filiada a "Le Droit Humain", da França. Desapareceu durante o regime discricionário do Estado Novo. Ainda em Porto Alegre, a loja mista "Vanguarda"; em Santa Maria a loja "Aor"; em Santana do Livramento, trabalhava uma loja mista filiada ao "Direitro Humano", e "Lautaro". Quer nos parecer que estas lojas tiveram atividades até 1960. (os dados encontrados são vagos), contudo, segundo informa o maçom, José Jorge de S. Marques, que a A.R.L.S. Verdade e Justiça 659 "O Direito Humano", ainda funciona em Porto Alegre, sob os auspícios do O.M.M.I. - Le Droit Humain.


Em 1902, foi fundada nos Estados Unidos da América do Norte, a ordem Maçônica Mista Internacional "O Direito Humano", e em 1919, no Rio de Janeiro, foi fundada a loja mista "Ísis". A Federação Brasileira "O Direito Humano", filiada a Maçonaria Mista Internacional, "Le Droit Humain", foi fundada em 1929.

Na França, e em outros países, existem atualmente, lojas femininas masculinas e mistas. Em nosso país, as potências masculinas regulares não reconhecem as lojas femininas e mistas e no entanto, estas aceitam como regulares as potências masculinas. O Grande Oriente do Brasil, em 1940, suprimiu de sua legislação as lojas de adoção, ficando assim evidente a sua aceitação posterior.

Há mais de 75 anos, espalhadas pelo mundo, funciona a Ordem Internacional "As Filhas de Jó", para jovens filhas de maçons de 11 a 20 anos, desenvolvendo em seus núcleos um ritual puramente devocional (lunar).

Na atualidade o tema "Mulher na Maçonaria", tem sido assunto de muita controvérsia, muitas opiniões já foram publicadas pela Imprensa Maçônica, algumas favoráveis ao ingresso da mulher na maçonaria regular masculina, e, em grande maioria são opiniões contrárias a esse procedimento.

A revista "Acácia", dedicou em várias edições, artigos de profundidade sobre o tema, alguns assinados por respeitáveis irmãos maçons.

Comentários de alguns autores:

Friedrich Nietzche, em "Oeuvres Posthumes" (Mercure de France, 1934, 156p) vê na mulher emancipada uma masculinidade, uma degeneração dos instintos femininos que arruínam seu poder.

A Grande Loja da Suíça, publica em seu nº 30, de Cayer bleu, que a mulher deve possuir seus próprios rituais, correspondentes à sua sensibilidade.

Em Paris, a loja Heptágono, elabora um ritual baseado nos ritos da tecelagem, com a simbólica das tramas e dos entrelaços.

A maçonaria de 1717, só pode refletir em suas constituições de 1723, um sentimento geral de servilismo da mulher, em um século puritano, dependente de seu marido ou de seu tutor. Ela não é livre no sentido jurídico.

Dentro desta incompreensão André Bousine define esse aporte feminino em "La Franc-Maçonnerie Anglo-Saxonne et les Femmes". Seu texto é abundante de ensinamentos, tirados de suas próprias fontes, dos rituais, das conversas e de sua freqüência nas lojas. Em sua tese de doutorado de história, sustentado em Dijon, a 22 de janeiro de 1990, conservou mais que o pensamento tradicional, o aspecto ao mesmo tempo espiritual e histórico, baseados em valores iniciáticos, que particularmente nos Estados Unidos, se inscrevem em um contexto sociológico, no respeito de usos e costumes de um país. O maior interesse desta obra é traçar um paralelo entre as lojas de adoção Francesas do século XVIII, e nossas lojas femininas atuais, face as lojas feministas Inglesas e Americanas.

"O progresso em nossos dias estabeleceu entre homens e mulheres, igualdade de direitos sociais, políticos e jurídicos. Poderá este novo status influir para a reconsideração de uma posição que faltam as bases tradicionais que colocavam a mulher sob a dependência e a tutela do homem?"


Esta matéria foi publicada originalmente no nº 4 de 1995 da edição Francesa L'Initiation.
Autor:  Anatoli Olynik Dyn
Ir Daniel Martina – Ilustração

11 de janeiro de 2012

A Astrologia Egípcia e Seus Significados:


Os conhecimentos da civilização do Antigo Egito, serviram de base à quase todas as religiões e filosofias existentes na atualidade. A herança deixada pelos egípcios, que se debruçaram sobre quase todas as áreas da ciência e do saber é incalculável, dentre esses legados, está a Astrologia Egípcia, um método de auto-conhecimento baseado na posição dos astros no momento do nosso nascimento

Os sábios egípcios eram extremamente hábeis para marcar o tempo, ótimos observadores, sabiam tudo sobre o movimento de rotação da Terra, muito antes que os astrônomos europeus explicassem o fenômeno, e o representavam simbolicamente através do casal Nut e Geb.

Muito obedientes aos sinais dos céus, que eram as imagens e as mensagens de seus deuses, exímios na arte de interpretar os astros e prever os destinos, foram provavelmente, os primeiros astrólogos de que se tem notícia.

Os egípcios consideravam a astrologia uma das ciências mais importantes de suas vidas e era tão fundamental que não saiam de casa sem antes consultar as predições do deus de seu signo. Acreditavam que os nascidos em um dia ruim teriam uma vida muito difícil e que quase nada poderia ser feito para modificar o que estava escrito nas estrelas.

Em Dendera, encontra-se uma das mais antigas representações do zodíaco, pintada no teto do Templo de Hathor. Embora este templo tenha sido construído pelos Gregos Ptolomaicos, por volta de 600 a.C, seus dados astronõmicos refletem "o plano estabelecido nos tempos dos Companheiros de Horus", ou seja antes da primeira Dinastia do Egito, por volta de 3100 a.C. , portanto muito antes dessa ciência surgir entre os Sumérios, na Mesopotâmia.

O Zodíaco de Dendera é diferente do zodíaco tradicional egípcio, uma vez que já estava adaptado ao sistema grego dos signos planetários, representados por formas animais e humanas. Nem todos os aspectos se encaixam no padrão babilônico, mas essas contradições também ocorrem na astrologia tradicional.


Os Astrólogos Egípcios, utilizavam para suas previsões, um calendário muito parecido com o que usamos hoje e que teria sido criado pelo sábio Imhotep, por volta do ano 2769 a.C. Por esse calendário, o ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, que corresponde ao dia 16 de julho. A partir do calendário de Imhotep, os astrólogos egípcios criaram um Zodíaco divido em 12 signos, correspondentes aos doze meses do ano.

Na astrologia egípcia, cada signo é representado por um deus; cada divindade regendo durante um período e vibrando suas características próprias sobre as pessoas nascidas sob um determinado signo. Considerado até hoje como um dos horóscopos mais interessantes, a astrologia egípcia ainda é praticada como mais uma ferramenta de auto conhecimento. Conheça o seu signo egípcio e descubra qual é a divindade que rege o seu destino:

O ZODÍACO EGÍPCIO


DATA
SIGNO
ATRIBUTOS
Signo Ocidental
16/07 à 15/08
Deus do Sol
Leão
16/08 à 15/09
Neith
Deusa da Caça
Virgem
16/09 à 15/10
Maat
Deusa da Verdade
Libra
16/10 à 15/11
Osíris
Deus da Renovação
Escorpião
16/11 à 15/12
Hathor
Amor e Adivinhação
Sagitário
16/12 à 15/01
Anúbis
Guardião dos Mortos
Capricórnio
16/01 à 15/02
Bastet
A Deusa Gata
Aquário
16/02 à 15/03
Taueret
Deusa da Fertilidade
Peixes
16/03 à 15/04
Sekhmet
A Deusa Leoa
Áries
16/04 à 15/05
Ptah
Criador Universal
Touro
16/05 à 15/06
Toth
Deus da Escrita
Gêmeos
16/06 à 15/07
Ísis
Deusa Mãe Cósmica
Câncer

HORÓSCOPO EGÍPCIO - SIGNIFICADO:

Rá (de 16/07 a 15/08)
Rá é a divindade principal do panteão egípcio. Está associado ao Sol e é considerado como o pai de todos os outros deuses. As pessoas nascidas sob o signo de Rá são fortes, determinadas e criativas. Possuem uma energia muito forte e têm habilidade de sobra para lidar com as dificuldades. As únicas coisas que arrasam estes seres tão fortes são a perda e a rejeição, pois não suportam fracassar. Mas, passada a onda inicial de tristeza e depressão, reerguem-se como a Fénix que renasce das cinzas e se dispõem a enfrentar novos e estimulantes desafios.

Neit (de 16/08 a 15/09)
Neit é a deusa da abundância. Cuida dos campos, da colheita e da caça. É a protetora dos deuses e guardiã das almas dos mortos, a quem ela acompanha rumo à morada definitiva. As pessoas nascidas sob o signo de Neit são pacientes, disciplinadas, práticas e objetivas. Não gostam de subterfúgios e não toleram mentiras. Possuem uma inteligência refinada e são capazes de cuidar de tudo detalhadamente. Exigem muito delas mesmas e também dos outros, pois gostam de perfeição e acreditam que a ordem e o trabalho árduo são à base de tudo. Quando traçam uma meta, fazem de tudo para alcançá-la. Cuidadosos, sinceros, bons companheiros e dedicados, os nativos de Neit estão dispostos a oferecer o melhor de si e esperam ser recompensados na mesma moeda.


Maat (de 16/09 a 15/10)
Maat é a deusa da justiça, da verdade e do equilíbrio. As pessoas nascidas sob o signo de Maat não toleram a injustiça. Passam a vida a cultivar relações harmoniosas e esforçam-se para viver sempre em equilíbrio. Em nome dessa filosofia, aprendem a ser diplomáticas e raramente se deixam abalar por intrigas ou fofocas. Por causa dessa força de caráter e de seu charme peculiar, freqüentemente se transformam na "melhor amiga" de seus amigos, na confidente, na conselheira que sempre tem algo bom e útil para dizer. Pena que nem sempre tenham a mesma lucidez para lidar com seus próprios problemas: um tanto inseguros, os filhos de Maat hesitam em tomar decisões e perdem ao colocar o seu destino nas mãos de outras pessoas.

Osíris (de 16/10 a 15/11)
Osíris é o rei dos deuses. Acima dele, existe apenas Rá, o Sol. Foi o primeiro faraó do Egito. As pessoas nascidas sob o signo de Osíris são justas, sábias e profundas. Possuem um poder espiritual muito forte, trata-se de um "presente" oferecido pela deusa Ísis aos protegidos do seu esposo. Caracterizam-se pelo seu temperamento forte, por vezes explosivo, pela sensualidade acentuada e pela persistência. Lutam com garra e energia pelas coisas que querem, e nunca se acomodam a uma situação pouco satisfatória. Quando contrariadas, podem tomar medidas extremas, pois Seth, o irmão mau de Osíris, por vezes lança o ciúme e a agressividade no coração. Ouvir a intuição e respeitar os próprios instintos são atitudes fundamentais para que os filhos de Osíris conquistem a felicidade e o sucesso.

Hathor (de 16/11 a 15/12)
Hathor é a deusa da alegria. Os seus domínios são a arte, a beleza, a dança e a música, assim como as viagens e o conhecimento superior. Protege os corações apaixonados e concede fertilidade às mulheres. É retratada como uma mulher bela, mas na sua cabeça existe um par de chifres, símbolo da parte animal que há em cada ser humano. As pessoas nascidas sob o signo de Hathor são generosas, sensuais, exuberantes, sinceras e encantadoras. Possuem muita vitalidade e perseguem os seus sonhos com garra e idealismo. Às vezes, ficam a perder devido ao exagero e excessiva boa-fé – por isso, aliás, são alvos constantes dos aproveitadores, e necessitam de estar atentas para não se deixarem enganar ou explorar. Quando enfrentam dificuldades, ficam mal-humoradas e descarregam a sua irritação em cima de quem for mais próximo.

Anúbis (de 16/12 a 15/01)
Anúbis é o deus que julga os seres humanos no momento da morte. O seu instrumento de trabalho é a balança da verdade, na qual coloca as almas dos mortos e avalia se merecem castigo ou salvação. As pessoas nascidas sob o signo de Anúbis são inteligentes, perseverantes e determinadas. Lutam com afinco pelo sucesso financeiro e profissional, mas geralmente demoram a colher os frutos dos seus esforços. Tudo porque têm uma missão importante: trabalhar! E, se por acaso alcançassem as suas metas cedo demais, poderiam acabar desviando-se dessa rota. Quando deparam com alguma coisa que consideram "errada", podem assumir o papel de juizes e agir de forma implacável, sem permitirem o diálogo ou a justificação.

Bastet (de 16/01 a 15/02)
Bastet é a deusa-gata, uma das esposas de Rá. Representa o poder benéfico do Sol e a força selvagem que dá coragem e ousadia. Era invocada nas alturas de dificuldade e o seu culto era um dos mais difundidos no Antigo Egito. As pessoas nascidas sob o signo de Bastet são extremamente bondosas, costumam aderir a grandes causas, pois o seu desejo é servir à humanidade. Amigas leais, fazem esforços surpreendentes para ajudar aqueles que amam. No entanto, gostam de sentirem-se livres e, tal como os felinos, preferem ser acariciados apenas quando sentem vontade. O lado negativo da sua personalidade deve-se a uma certa rebeldia, que às vezes assume grandes proporções, levando-as a atitudes insensatas e até irresponsáveis.

Taueret (de 16/02 a 15/03)
Taueret é a deusa da fertilidade. Protege as parturientes e as crianças, bem como as fêmeas prenhes de todas as espécies. As pessoas nascidas sob o signo de Taueret são liberais, generosas, compreensivas e tolerantes. Têm uma energia espiritual muito forte e podem manifestar dons mediúnicos. Sensíveis ao extremo, magoam-se com facilidade, podendo inclusive fazer verdadeiras tempestades em copo d'água quando percebem que o seu amor e dedicação não estão a ser retribuídos com a mesma intensidade. Podem enfrentar dificuldades materiais porque são pouco hábeis para lidar com dinheiro.

Sekhmet (de 16/03 a 15/04)
Sekhmet é a deusa da guerra. Possui força e coragem e tem como missão proteger o deus Rá e o faraó. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade devido à sua desobediência. A deusa executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá necessitou de a embebedar com cerveja para que ela não exterminasse a raça humana. Desta forma, as pessoas nascidas sob o signo de Sekhmet são ousadas e corajosas. Adoram enfrentar novos desafios, mas pecam pela falta de obstinação. Aliás, é comum iniciarem um projeto de forma animada e abandonarem-no precisamente quando começa a dar frutos, isto é, quando deixa de ser um risco e a torna-se previsível. Isso também se aplica aos relacionamentos: a paixão é a sua grande procura. Exuberantes, enérgicas, um tanto quanto autoritárias, as pessoas de Sekhmet necessitam de aprender a arte da diplomacia e da tolerância, e a controlar a agressividade.


Ptah (de 16/04 a 15/05)
Ptah é o grande mago, senhor da serpente e das criaturas da água, símbolo supremo da fertilidade feminina. É ele quem dá vida aos homens e a todos os seres da Terra. As pessoas nascidas sob o signo de Ptah são pacientes e perseverantes. Apreciam o conforto material e procuram a estabilidade a todos os níveis. Na vida amorosa, nas finanças, no sector profissional. Quando colocam uma idéia na cabeça, não há nada que as faça desistir, e essa teimosia por vezes transforma-se num obstáculo ao seu crescimento pessoal. Isso porque não admitem os seus próprios erros e deixam de aprender com a experiência alheia. Contudo, quando um nativo de Ptah exercita bem o seu lado espiritual, transforma-se numa pessoa única, especial.

Toth (de 16/05 a 15/06)
Toth é a divindade que simboliza a inteligência aguda e a sabedoria. Foi Toth quem inventou todas as ciências, bem como a fala e a escrita. As pessoas nascidas sob o signo de Toth são comunicativas, inteligentes, mentalmente ágeis e ativas. Cultivam os mais diferentes relacionamentos e aprendem um pouco com cada um deles: tiram lições da sabedoria dos mestres, da racionalidade dos cientistas, da simplicidade dos humildes. Não toleram sentir-se presas ou controladas, e isso as leva a uma certa inconstância no amor. Habilidosas, têm talento para executar trabalhos artesanais ou que exijam atenção aos detalhes. São boas professoras, embora se mostrem um tanto impacientes.

Ísis (de 16/06 a 15/07)
Ísis é a deusa egípcia mais importante. As pessoas nascidas sob o signo de Ísis são sensíveis, amorosas, sinceras e incapazes de guardar rancor. Possuem um forte instinto maternal e costumam cultivar um relacionamento bastante intenso com a família, além de serem "mães e pais" de todos os amigos. Têm imaginação fértil e talento para as artes e para a escrita, pois conseguem captar e traduzir as sutilezas do amor, da vida, da existência. Fiéis, tolerantes, gostam de saber que são amadas e sacrificam-se por aqueles que lhes são caros. Apreciam o conforto e a tranqüilidade, inclusive, preferem um amor estável aos arrebatamentos da paixão.




Colaboração: Carlos Roberto ( Amon Sol )

Ilustração: Ir Daniel Martina