25 de fevereiro de 2018

GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO E SEUS CONCEITOS:




GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
O Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.


 
CONCEITO CRISTÃO
 
O conceito de Deus como o Grande Arquiteto do Universo tem sido empregado muitas vezes no cristianismo. Ilustrações de Deus como o arquiteto do universo podem ser encontradas em Bíblias desde a Idade Média e regularmente empregadas pelos apologistas e professores cristãos.

 
Teólogos cristãos como Tomás de Aquino (1) sustentam que existe um Grande Arquiteto do Universo, a Primeira Causa (2), e que este é Deus. Os comentadores de Aquino têm apontado que a afirmação de que o Grande Arquiteto do Universo é o Deus cristão não é evidente, com base na “teologia natural” somente, mas requer adicionalmente de um “salto de fé” baseado na revelação da “Bíblia”.

João Calvino (3), em seu Instituto da Religião Cristã (publicado em 1536), chama repetidamente o Deus cristão de “O Arquiteto do Universo”, também se referindo aos seus trabalhos como “Arquitetura de Universo”, e em seu comentário sobre Salmo 19 (4) na Bíblia católica Salmo 18 (5) refere-se à Deus como o “Grande Arquiteto” ou “Arquiteto do Universo”.




CONCEITO MAÇÔNICO:
 
O conceito do ‘Grande Arquiteto do Universo’ está além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal. Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom.

Assim, ‘Grande Arquiteto do Universo’ ou ‘G.•.A.•.D.•.U.•.’ é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica.

Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos. A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo – G.•.A.•.D.•.U.•., envolve estudos filosóficos e não proselitismo (6).




CONCEITO HERMÉTICO:
 
O Grande Arquiteto também pode ser uma metáfora aludindo à potencialidade divina de cada indivíduo. “(Deus)… Esse poder invisível que todos sabemos existir, mas entendida por muitos nomes diferentes, tais como Deus, o Espírito, o Ser Supremo, a Inteligência, Mente, Energia, Natureza e assim por diante.” Na Tradição Hermética (7), cada pessoa tem o potencial de tornar-se Deus, esta idéia ou conceito de Deus é percebido como interno e não externo. O Grande Arquiteto é também uma alusão ao universo criado observador. Nós criamos nossa própria realidade, por isso nós somos o arquiteto. Outra forma seria a de dizer que a mente é o construtor.





 
CONCEITO DO PONTO DE VISTA DA GNOSIS:
 
O conceito de Grande Arquiteto do Universo ocorre no gnosticismo. O Demiurgo é o Grande Arquiteto do Universo, o Deus do Antigo Testamento, em oposição a Cristo e Sophia mensageiros da Gnose do Verdadeiro Deus. Ebionits como Notzrim, por exemplo, o Rabba Pira, é a fonte de origem, e, recipiente de todas as coisas, que é preenchido pelo Rabba Mana, o Grande Espírito, do qual emana a primeira vida. A primeira vida reza para a companhia e filhos, após o que a segunda vida, o Ultra Mkayyema ou mundo que constitui Æon (8), o Arquiteto do Universo, vem a ser. A partir desse Arquiteto vem uma série de æons, que erguem o universo sob o comando da gnosis (9), o conhecimento personificado de vida.




BÓSON DE HIGGS:
 
O Bóson de Higgs é uma partícula elementar prevista pelo Modelo Padrão de partículas, teoricamente surgida logo após ao Big Bang de escala maciça hipotética predita para validar o modelo padrão atual de partícula. Representa a chave para explicar a origem da massa das outras partículas elementares. Todas as partículas conhecidas e previstas são divididas em duas classes: férmions (partículas com spin da metade de um número ímpar) e bósons (partículas com spin inteiro).

As massas da partícula elementar e as diferenças entre o eletromagnetismo (causado pelo fóton) e a força fraca (causada pelos bósons de W e de Z), são críticas em muitos aspectos da estrutura da matéria microscópica e macroscópica; assim se existir, o bóson de Higgs terá um efeito enorme na compreensão do mundo em torno de nós.

O bóson de Higgs foi predito primeiramente em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs, trabalhando as ideias de Philip Anderson. Entretanto, desde então não houve condições tecnológicas de buscar a possível existência do bóson até o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC) meados de 2008. A faixa energética de procura do bóson vem se estreitando desde então e, em dezembro de 2011, limites energéticos se encontram entre as faixas de 116-130 GeV, segundo a equipe ATLAS, e entre 115 e 127 GeV de acordo com o CMS.

Fora da comunidade científica, é mais conhecida como a partícula de Deus (tradução livre do original God particle), alcunha dada pelo físico Leon Lederman devido ao fato desta partícula permitir que as demais possuam diferentes massas.

A 4 de Julho de 2012, cientistas do CERN anunciaram que, ao fim de 50 anos de investigação, descobriram uma partícula nova que pode ser o bóson de Higgs.

Peter Ware Higgs (Newcastle upon tyne, 29 de maio de 1929), é um físico teórico britânico e professor emérito da Universidade de Edimburgo. Higgs é conhecido por sua proposta de 1960 de quebra da simetria na teoria “eletrofraca”, explicando a origem da massa das partículas elementares em geral e, em particular, dos bósons W e Z. O assim chamado mecanismo de Higgs teve vários inventores além de Higgs, e prevê a existência de uma nova partícula, o bóson de Higgs (muitas vezes descrita como “a mais procurada partícula na física moderna”). Identificado pelo CERN, o bosón de Higgs teve sua existência oficialmente anunciada para o mundo em 04 de julho de 2012. O mecanismo de Higgs é aceito como um ingrediente importante no modelo padrão de partículas físicas, sem a qual as partículas não teriam massa.

Foi homenageado com uma série de prêmios em reconhecimento de seu trabalho, incluindo a Medalha e Prêmio Paul Dirac pelas contribuições à física teórica do Instituto de Física em 1997, o Prêmio High Energy and Particle Physics pela Sociedade Europeia de Física em 1997 e o Prêmio Wolf de Física em 2004.

A partícula chamada Bóson de Higgs é de fato o quantum (10) (partícula) de um dos componentes de um campo de Higgs. No espaço vazio, o campo de Higgs adquire um valor diferente de zero, que permeia a cada lugar no universo todo o tempo. Este valor da expectativa do vácuo (11) (VEV) do campo de Higgs é constante e igual a 246 GeV. A existência deste VEV diferente de zero tem um papel fundamental: dá a massa a cada partícula elementar, incluindo o próprio bóson de Higgs. No detalhe, a aquisição de um VEV diferente de zero quebra espontaneamente a simetria de calibre da força eletrofraca, um fenômeno conhecido como o mecanismo de Higgs. Este é o único mecanismo conhecido capaz de dar a massa aos bóson de calibre (12) (particulas transportadoras de força) que é também compatível com teorias do calibre.

No modelo padrão, o campo de Higgs consiste em dois campos carregados neutros e duas componentes, um do ponto zero e os campos componentes carregados são os bósons de Goldstone. Transformam os componentes longitudinais do terceiro-polarizador dos bósons maciços de W e de Z. O quantum do componente neutro restante corresponde ao bóson maciço de Higgs. Como o campo de Higgs é um campo escalar, o bóson de Higgs tem a rotação zero. Isto significa que esta partícula não tem nenhum momentum angular (13) intrínseco e que uma coleção de bósons de Higgs satisfaz as estatísticas de Bose-Einstein (14).

O modelo padrão não prediz o valor da massa do bóson de Higgs. Discutiu-se que se a massa do bóson de Higgs se encontra, aproximadamente, entre 130 e 190 GeV, então o modelo padrão pode ser válido em escalas da energia toda a forma até a escala de Planck (15) (TeV 1016). Muitos modelos de super-simetria predizem que o bóson de Higgs terá uma massa somente ligeiramente acima dos limites experimentais atuais e ao redor 120 GeV ou menos. A massa do bóson de Higgs não foi medida experimentalmente.

Dentro do modelo padrão, a não observação de sinais desobstruídos em aceleradores de partícula conduz a um limite mais baixo experimental para a massa do bóson de Higgs de 114.4 GeV no nível da confiança de 95%. Não o bastante, um pequeno número de eventos foi gravado pela experiência do LEP (16) no CERN (17) que poderia ser como resultado de bósons interpretados de Higgs, mas a evidência é inconclusiva. Espera-se entre os físicos que o Grande Colisor de Hádrons (18), construído no CERN, confirme ou negue a existência do bóson de Higgs. As medidas de precisão observáveis da força eletrofraca indicam que a massa modelo padrão do bóson de Higgs tem um limite superior de 175 GeV no nível da confiança de 95% até a data de março de 2006 (que usam uma medida acima da massa superior do quark).




PARTÍCULA DE DEUS:
 
A expressão vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman (19), cujo esboço de título era “A Partícula Maldita” (“The Goddamn Particle”, no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para “A Partícula de Deus” por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra “maldita” fosse ofensiva.
.

TFA
Roberto Aguilar M. S. Silva
M.’. M.’. – A.’.R.’.L.’.S.’. Loja Maçônica Renascença IV, Santo Ângelo, RS (Brasil)


TFA/PP
Ir Daniel Martina CIM: 552820 GOB/GOSP - Ilustração e Adaptação




Clique e Conheça Nossas Redes
  
wwww.filhosdoarquiteto.com
 
 
Sigam Nossas Redes Sociais - Basta Clicar e Seguir:
 
https://www.instagram.com/filhosdoarquiteto/
 
 
 
https://www.facebook.com/Filhodoarquiteto/
 
 
 
 
 

14 de fevereiro de 2018

OS SISTEMAS DO GRANDE ORIENTE E GRANDE LOJA

 

Mesmo após algum tempo de Maçonaria, muitos não têm conhecimento mínimo e necessário para distinguir os sistemas Grande Oriente e Grande Loja. Dessa forma, como sempre primamos pelo nivelamento do conhecimento maçônico, acreditamos ser de suma importância explicitar essa distinção, sendo este o objetivo deste trabalho.

É interessante lembramos de que a expressão “GRANDE ORIENTE” era o nome dado ao lugar em que se realizava as convenções das Grandes Lojas de um país. Para alguns, GRANDE ORIENTE é também sinônimo de Grande Loja, pois, ambos os sistemas são um corpo maçônico superior, ou seja, uma Potência Independente na qual congrega todas as Lojas da Obediência a que se encontram filiadas.

Embora no Brasil o Grande Oriente tenha sido a única organização maçônica superior durante mais de 100 anos, hoje também convivemos com as Grandes Lojas, criadas desde 1927. Dessa forma, vale dizer que, no Brasil o Grande Oriente é a denominação maçônica primogênita, datada de 1822.

Por tanto, no âmbito internacional, a Grande Loja Unida da Inglaterra é quem detém a primazia de ser a Organização Maçônica mais antiga, fundada em 1717, a qual estará comemorando 300 anos em junho de 2017. Todavia, vale dizer que, a expressão Grande Oriente surgiu por acaso, na França, por volta de 1773, uma vez que no dia marcado para a Instalação da Grande Loja Nacional de França, os participantes resolveram que aquela instituição se chamaria Grande Oriente de França, do qual o nosso Grande Oriente pegou emprestado esse nome.

Desta forma, podemos dizer que, também foi por acaso que o Grande Oriente se transformou em uma espécie de Governo Maçônico Superior, cuja abrangência alcança todo território de um país, bem como poderá possuir um ou mais Ritos.

Quando falamos de Grande Oriente, se faz necessário citar, mesmo que “em-passant”, o Grande Oriente do Brasil, a maior Potência Maçônica da América Latina, fundada em 17 de Junho de 1822.

Nesse sentido, vale lembrar que, o seu primeiro Grão-Mestre foi José Bonifácio de Andrade e Silva, substituído por D. Pedro I, em 04 de Outubro do mesmo ano.
Contudo, 21 dias após sua assunção, ou seja, no dia 25 do mesmo mês, o Imperador suspendeu os trabalhos do Grande Oriente do Brasil, o qual só retornou, com toda força e vigor, em novembro de 1831, após sua abdicação, em favor de D. Pedro II.

O Grande Oriente do Brasil além de abranger todo território brasileiro, possui em atividade cerca de sete Ritos, como já dissemos, sendo que o REAA possui o maior número de Lojas Simbólicas e o maior número de Obreiros.

Portanto, quantitativamente, o Rito Escocês Antigo e Aceito é o mais importante Rito praticado em nosso território. Destacamos ainda que, o Grande Oriente do Brasil é uma Federação formada pelos Grandes Orientes dos Estados, do Distrito Federal e das Lojas Maçônicas Simbólicas, bem como dos Triângulos. Em resumo, um Grande Oriente é uma Organização Maçônica Superior denominada de Potência Maçônica Simbólica, dotada de Soberania no território ou país em que está inserido, ao qual as Instituições Maçônicas acima mencionadas estão subordinadas.

Por sua vez, a denominação Grande Loja nos remete à Idade Média, precisamente para a Alemanha, ainda no período da Maçonaria Operativa, onde através das Lojas dos Talhadores de Pedra teve início a sua criação, e foram se formando por vários pontos daquele território.

Como as Lojas de então eram muito dispersas, constatou-se a necessidade de aproximá-las e organizá-las, criando assim, um Poder Central ou Loja Principal, evoluindo daí para Grande Loja. Esta tinha, entre outras atribuições, o dever de julgar as divergências entre os Talhadores de Pedra. Lembramos que, até esse momento, a Maçonaria era considerada operativa.

Há de se destacar que, diferentemente dos dias de hoje, as Grandes Lojas abrangiam um ou mais territórios ou países, pois, ainda não tinha sido sistematizadas, o que só ocorreria em 1717, com a fundação das Grandes Lojas Unidas da Inglaterra.

Atualmente, restringindo-se apenas no que tange ao Brasil, a abrangência das Grandes Lojas, quanto ao território, está circunscrito em um estado. Como exemplo, podemos citar que o Brasil possui uma Grande Loja Maçônica em cada Estado da Federação com autonomia absoluta e que, uma vez reunidas, são denominadas de Confederação Maçônica Simbólica Brasileira (CMSB).

Ressaltamos ainda que, as Grandes Lojas foram, lá na sua origem, os principais centros de maçons livres, os quais exaltavam as obras de arquiteturas daquela época. Além disso, organizavam e coordenavam suas várias relações institucionais.

Apesar da longa caminhada e intensa atividade, somente a partir de 1717, com a criação da Grande Loja Unida da Inglaterra é que ela se transformou, efetivamente, em um Corpo Superior, independente e soberano em relação às Lojas Simbólicas.

Concluindo, ressaltamos que, não importa a qual dos dois sistemas façamos parte, pois, o que de fato faz a diferença é a nossa dedicação.

Assim, em tudo o que façamos que possamos empenhar-nos em fazer o melhor, dedicando com amor nossos esforços em prol do que acreditamos.


AILDO VIRGINIO CAROLINO Grão-Mestre Adjunto do GOB-RJ e Presidente do CEO postado em janeiro de 2017
 
 
 
Clique e Conheça Nosso Portal
 
 
 
 
 
wwww.filhosdoarquiteto.com
 
 
Sigam Nossas Redes Sociais - Basta Clicar e Seguir:
 
https://www.instagram.com/filhosdoarquiteto/
 
 
 
https://www.facebook.com/Filhodoarquiteto/
 
 
 
 
 
 
 

 

GAYS NA MAÇONARIA:

 
 
Este é um grande tabu na Maçonaria brasileira. Um assunto tão polêmico que é evitado, a ponto de eu ter recebido algumas solicitações para não o incluir na obra DEBATENDO TABUS MAÇÔNICOS.
 
Sem entrar no mérito da discussão (que nem ao menos é realizada), me aterei aos fatos relacionados ao tema no meio maçônico internacional, de forma a fornecer informações aos interessados em, quem sabe, um dia debate-lo.
 
No caso dos Estados Unidos, recentemente duas Grandes Lojas, da Geórgia e de Tennessee, se pronunciaram oficialmente contrárias ao ingresso de homossexuais na Maçonaria. Essas posturas têm gerado manifestações de outras Grandes Lojas, como a da Califórnia, que se pronunciou publicamente sobre o assunto, como pode ser visto no seguinte trecho:
 
Você pode ter lido sobre os recentes acontecimentos em alguns estados dos EUA, incluindo Geórgia e Tennessee, onde Grandes Lojas Maçônicas adotaram novas regras ou tem imposto regras existentes que disciplinam os maçons por sua orientação sexual. Tais regras e ações não coincidem com os princípios da Maçonaria praticados pela Grande Loja da Califórnia e não são apoiadas pelo que entendemos como o grande objetivo da nossa fraternidade.
 
(…)Maçonaria instrui seus membros para defender e respeitar as leis do seu governo e não para minar essas leis (…).
 
Com mais de 50.000 membros em todo o estado, as lojas sob a Grande Loja da Califórnia estão abertas a homens de bom caráter e fé, independentemente da sua raça, cor, crenças religiosas, opiniões políticas, situação econômica, orientação sexual, capacidade física, cidadania ou nacionalidade (..).
Sincera e fraternalmente, M. David Perry, Grão-Mestre.
 
Agora, vejamos a postura oficial da Grande Loja de Utah:
(…) A Mui Respeitável Grande Loja de Maçons Livres e Aceitos de Utah recebe em suas portas e admite a seus privilégios, homens dignos de vários credos e classes. No entanto, ela insiste que todos os homens estarão sobre uma exata igualdade. Como esta Grande Loja não se preocupa com a fé de um Mason religioso, origem étnica e raça ou, também não se preocupa com a preferência sexual de um maçom. Tudo o que se pede é que um maçom de Utah observe bem seus deveres e promova o bem da Fraternidade dentro dos limites de sua Loja e da comunidade em torno dele.
Atenciosamente & Fraternalmente,
R. Wesley Ing, Grão-Mestre.
 
A Grande Loja do Distrito de Columbia também se pronunciou a respeito:
Em resposta às recentes questões apresentadas a esta Grande Loja sobre as qualificações e elegibilidade dos homens que pretendem aderir em nossas Lojas, oferecemos esta declaração de princípios inabalável: A admissão à participação em nossas Lojas é estendida a homens de fé com base em seu mérito pessoal e bom caráter, sem distinção de raça, credo, orientação sexual, religião específica ou nacionalidade.
 
(…) A diversidade da nossa sociedade, em termos de raça, credo, orientação sexual, religião específica e origem nacional é, assim, visto como um ativo, em vez de um passivo (…).
 
(…) Nossa dedicação à diversidade não nasceu em Washington, DC. A lei em todo o mundo maçônico e prática desde os dias de Constituições de Anderson desfavorece claramente a exclusão dos homens com base em modos de crenças, experiências e estilos de vida que gozam de proteção legal em suas sociedades (…).
E no dia 1º de março deste ano, o Supremo Conselho do REAA da Jurisdição Sul dos EUA, conhecido também como o Supremo Conselho “Mãe do Mundo”, se posicionou quanto à polêmica:
 
A associação ao Rito Escocês é baseada em integridade pessoal e bom caráter, sem distinção de raça, crenças religiosas, orientação sexual ou nacionalidade.
 
Christopher Hodapp, importante escritor maçônico, também se declarou a respeito na última Conferência de Grão-Mestres da América do Norte:
 
Apenas 10 anos atrás, ninguém teria sequer contemplado as complicações maçônicas do casamento gay e, de repente, jovens maçons ficam chocados quando descobrem que algumas jurisdições têm regras que discriminam membros gays. Toda a nossa sociedade mudou rapidamente, num piscar de olhos, e nós temos que lidar com isso. Porque, se estamos contando com esses novos homens para se unirem, se tornarem ativos na Maçonaria, e salvarem nossa fraternidade do esquecimento, não podemos simplesmente ignorar os problemas que eles consideram ser de importância vital como sendo trivial (…). Nós lhes dizemos, muitas vezes, ali mesmo em nossas páginas, que ensinamos tolerância. Nós não podemos voltar atrás nessa promessa.
 
Lembrando ainda que a Grande Loja da Geórgia, uma das duas que se posicionaram oficialmente contra, já havia se envolvido anteriormente em polêmica discriminatória, ao tratar da proibição de ingresso de maçons que não fossem brancos. O preconceito parece ainda ser um problema em alguns estados dos EUA.
 
Sou da opinião simples de que o que um maçom faz entre quatro paredes somente diz respeito a ele, e que imprimir opiniões pessoais em legislação maçônica não condiz com os princípios da instituição. Sendo a Maçonaria uma escola de moralidade, a partir do momento que a homossexualidade não é considerada uma imoralidade, não há que se falar em impedimento por essa razão.
 
 
A crença de que assim se está protegendo a instituição esbarra no fato de que a parcela da sociedade contrária à homossexualidade é preconceituosa (a mesma parcela que geralmente é contrária à Maçonaria), e o preconceito é justamente um dos males (juntamente com o fanatismo e a ignorância) que devem ser combatidos pela Maçonaria.
Nesse sentido, creio que a pergunta que cada um deve se fazer é: Você considera a homossexualidade como algo imoral? A resposta para essa pergunta e a complexidade envolvida em sua compreensão conduzirão sua opinião sobre o tema.
O que não podemos é fechar nossos olhos para a realidade. Precisamos debate-la.
 
 
 
Escritor: 
Ilustração: Ir Daniel Martina
Fonte: No Esquadro
 
 
Clique e Conheça Nosso Portal
 
 
 
 
 
wwww.filhosdoarquiteto.com
 
 
Sigam Nossas Redes Sociais - Basta Clicar e Seguir:
 
https://www.instagram.com/filhosdoarquiteto/
 
 
 
https://www.facebook.com/Filhodoarquiteto/
 
 
 
 
 
 
 

 


7 de fevereiro de 2018

SOPHIA - A SABEDORIA SECRETA E UNIVERSAL

 
 
SOPHIA - SABEDORIA
 

 
 
Sabedoria (em grego Σοφία, "sofía") é o que detém o "sábio" (em grego σοφός, "sofós"). Desta palavra derivam várias outras, como por exemplo filosofia (φιλοσοφία)= "amor à sabedoria" (filos/sofia).
 
Há também o termo "Phronesis", usado por Aristóteles para descrever a "sabedoria prática", ou a habilidade para agir de maneira acertada".
 
É um conceito diferente de "inteligência" ou de "esperteza".
 
Mesmo para "sophia" há conceitos diferentes: os gregos faziam distinção entre a "sabedoria humana" e a "sabedoria divina".  Sabedoria humana seria a capacidade que ajuda o homem a identificar seus erros e os da sociedade e corrigi-los.
 
Sabedoria divina é a capacidade de aprofundar e vivenciar os conhecimentos humanos e elaborar as versões do Divino e questões semelhantes. Um dos grandes problemas do buscador é que ele compreende bem a mensagem libertadora que lhe é dirigida, mas nada faz com ela. A lentidão da consciência-eu é um obstáculo.
 
Somente a ação transforma o saber em sabedoria.
Quem tem Fé (Pistis), Fides, Fidelidade com o Cristo, (Em grego o substantivo Pistis, correspondente ao latim fides, tem o verbo pisteuein, que poderíamos traduzir por fidelizar, ou ter fé), estabelece perfeita sintonia de pensamentos, palavras e obras entre si e o Cristo Interno. Fidelizar ou ter Fé não é um superficial ato transitório, mas sim uma profunda e permanente atitude de todo o nosso ser, que é antes um estado de ser, do que um ato de fazer, é uma força visionária restauradora.
Por meio da física quântica, hoje sabemos que uma fé inequívoca pode influenciar até mesmo as combinações moleculares. Paulo realmente não estava exagerando quando afirmou que "a fé pode remover montanhas".
Em sua biografia, o cineasta, diretor e roteirista alemão Clemens Kuby também confirma isto: “Tudo é possível, até mesmo a cura total que se baseia em nada mais do que a fé na cura”.
A todos os milagres de cura relatados no Novo Testamento aplicam-se as palavras-chave: “Tua fé te salvou”. A fé, na qualidade de relação íntima com o campo espiritual de Cristo ou “matriz do mundo absoluto” em nós e à nossa volta, é efetivamente uma força visionária.
 
Sua ação criadora nos impulsiona à transformação e nos leva a abandonar o mundo onde tudo é relativo. De forma semelhante, nossas crenças atuais bastante arraigadas, crenças que ajudam nossa personalidade-eu a alimentar sua concepção de mundo e o que é evidente e inquestionável para ele, possuem uma força incrível.
 A ideia ilusória e trágica é que gostamos mais de nossa personalidade-eu perecível do que de nosso ser verdadeiro, justamente o que prende o ser humano a este mundo relativo.
 
Desse modo nos impedimos de encontrar nosso ser verdadeiro e permanecemos longe de nossa auto-realização. Mas será que existe realmente uma maneira de transferir a direção de nossa vida para um ser interior eterno, pertencente a um mundo absoluto?
 
Um dos grandes problemas do buscador é que ele compreende bem a mensagem libertadora que lhe é dirigida, mas nada faz com ela. A lentidão da consciência-eu é um obstáculo; ela o leva a fazer de si “um ouvinte, mas de modo algum um praticante da Palavra”, como o expressa Paulo.
 
 
Somente a ação transforma o saber em sabedoria.
Ignorância, apego e recusa são os três obstáculos que comprovadamente obscurecem a lucidez da mente e são conhecidos de todas as religiões que transmitem a sabedoria.
 
Há no Antigo Testamento o profeta Oséias lamenta: "Meu povo é destruído por falta de conhecimento". Hermes também já verificava: "O único pecado do homem é que ele não conhece a Deus".
 
Pesquisas recentes sobre o cérebro demonstraram que o apego constitui grande obstáculo para o crescimento espiritual.
O condicionamento e a autoafirmação, pela incessante matraca da roda de orações de nosso eu que, sempre e de novo, reflete a tagarelice de nossa mentalidade, são certamente os maiores obstáculos a serem removidos.
Nosso eu é realmente o único e grande fardo do qual temos de livrar-nos. A esse respeito, a autora budista Ayya Khema fala sobre esse assunto com leveza e experiência própria: “Sem o eu a vida é muito simples”.
E podemos libertar-nos desse grande fardo por meio de discernimento e quietude, graças à grande ajuda que nos é oferecida pelo campo mediador de Cristo, essa matriz com uma vibração sempre crescente.
 
A negação e a recusa de um desenvolvimento necessário, ou ainda a hostilidade contra outrem, reforçam os padrões e levam a um endurecimento de nossas
construções mentais. Uma forte obstinação bloqueia nosso crescimento espiritual.
 
Por isso, os grandes em espírito sempre se ativeram a essas palavras:
“Tornai-vos silenciosos, interiormente silenciosos, abri-vos, e o Outro fará seu trabalho em vós”.
 No processo de “tornar-se silencioso”, a “verdadeira resignação” como a chama Jacob Boehme, na calma interior e na aceitação, vemos com acuidade cada vez que nosso “eu” quer manter-se ou persistir.
Quando nossa mente alcança a quietude e o silêncio, então a ignorância, o apego e a recusa, assim como todos os outros obstáculos espirituais, se desintegrarão gradual e seguramente, e a compaixão, a lucidez e o espaço ilimitado da verdadeira natureza do espírito se revelarão.
Nesse momento, as forças curativas do amor podem fluir, pois da fonte criadora de nossa alma emana, de modo espontâneo, uma compaixão ilimitada por todas as criaturas que sofrem na prisão de suas ilusões.
A verdadeira alma não conhece a separação. O ser humano, pelo menos o buscador que está ganhando força de alma, começa a aplicar a regra áurea doevangelho: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”.
E para a pergunta hesitante “Quando, onde?”, há apenas uma resposta: “Sempre e em qualquer lugar”.
O amor é o único bem que aumenta quando é espalhado e distribuído.
 
Em seguida, ouvimos as palavras do Sermão da Montanha:
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.”
 
Além disso, no processo de se tornar silencioso descrito por Goethe como um voluntário “morrer e ser”, podemos sentir a grande promessa contida nas palavras de Cristo:
 
“Quem perder a sua vida por amor a mim, achá-la-á.”
 
Encontramos uma promessa semelhante no Corpus Hermeticum:
 
“Quem vence a si mesmo vence o microcosmo e o macrocosmo, e transcende todos os limites”.
 
E Buda expressa a mesma coisa:
“Quem vence mil exércitos não é nada comparado a quem vence a si mesmo”.
A Tradição sempre enfatiza que Cristo, o protótipo do homem espiritual perfeito, removeu a separação entre os dois mundos, conciliando-os.
Cristo fez surgir, uma Gnose, que, como luz, como potencial inesgotável, não somente preenche o mundo absoluto, mas também penetra o mundo relativo.
Seu espírito universal não está somente presente nas dimensões divinas do Verbo, da Vida e da Luz; além disso, ele construiu “uma ponte de libertação” capaz de inspirar diretamente os pensamentos, os sentimentos, as experiências e as ações dos seres humanos de modo espiritual.
 
Os três aspectos superiores, ou seja, o Verbo, a Vida e a Luz, referem-se à consciência desperta do homem alma-espírito.Esse ser humano vive e respira nas vibrações de luz do mundo absoluto, já que nada mais pode alimentá-lo. A construção de um novo homem espiritual implica evidentemente na demolição da antiga personalidade terrestre.
 
Esse processo de autorrealização desenvolve-se sob a direção da alma espiritual despertada em total conexão com as leis divinas da Fonte. Surgem então novas dimensões espirituais como “o novo pensar”, que substitui o mental condicionado do ego, removendo, assim, a barreira da ignorância.
 
A nova sensibilidade espiritual substituirá também a antiga sensibilidade, desaparecendo, assim, a sede de viver, a busca pela satisfação dos desejos e os apegos. Equilíbrio, harmonia e paz preenchem então a alma. Uma nova força vai aos poucos substituindo a antiga força, que antes era desperdiçada no mundo da relatividade criado pelos sentidos.
 
Do mesmo modo, vai surgindo uma nova percepção interior.
Maravilhosas consequências não se fazem esperar: surge uma nova atitude de vida, que vem naturalmente com as novas faculdades, e também desaparece tudo o que possa impedir o desenvolvimento subsequente do processo.
A força de amor de Cristo é a mediadora que torna possível essa nova criação. Precisamos tomar consciência de como nossa época é plena de graças! De um lado, vemos as situações apocalípticas; de outro, estamos no limiar de um salto quântico para uma consciência espiritual.
 
Este mundo da relatividade serve-nos de ponte que devemos atravessar. Ele capacita-nos a alcançar a consciência e a nobreza de nosso verdadeiro ser. Mas não é sobre essa ponte que devemos construir nossa morada!
 
 
TFA
Ir Daniel Martina - Edição e Adaptação
 
 
ANEL ILLUMINAT DELAT A ENERGIA CÓSMICA AO SEU ALCANCE
 
 
 
 
 
 
 
Clique e Conheça Nosso Portal
 
 
 
 
wwww.filhosdoarquiteto.com
 
 
Sigam Nossas Redes Sociais - Basta Clicar e Seguir:
 
https://www.instagram.com/filhosdoarquiteto/
 
 
 
https://www.facebook.com/Filhodoarquiteto/