14 de fevereiro de 2018

OS SISTEMAS DO GRANDE ORIENTE E GRANDE LOJA

 

Mesmo após algum tempo de Maçonaria, muitos não têm conhecimento mínimo e necessário para distinguir os sistemas Grande Oriente e Grande Loja. Dessa forma, como sempre primamos pelo nivelamento do conhecimento maçônico, acreditamos ser de suma importância explicitar essa distinção, sendo este o objetivo deste trabalho.

É interessante lembramos de que a expressão “GRANDE ORIENTE” era o nome dado ao lugar em que se realizava as convenções das Grandes Lojas de um país. Para alguns, GRANDE ORIENTE é também sinônimo de Grande Loja, pois, ambos os sistemas são um corpo maçônico superior, ou seja, uma Potência Independente na qual congrega todas as Lojas da Obediência a que se encontram filiadas.

Embora no Brasil o Grande Oriente tenha sido a única organização maçônica superior durante mais de 100 anos, hoje também convivemos com as Grandes Lojas, criadas desde 1927. Dessa forma, vale dizer que, no Brasil o Grande Oriente é a denominação maçônica primogênita, datada de 1822.

Por tanto, no âmbito internacional, a Grande Loja Unida da Inglaterra é quem detém a primazia de ser a Organização Maçônica mais antiga, fundada em 1717, a qual estará comemorando 300 anos em junho de 2017. Todavia, vale dizer que, a expressão Grande Oriente surgiu por acaso, na França, por volta de 1773, uma vez que no dia marcado para a Instalação da Grande Loja Nacional de França, os participantes resolveram que aquela instituição se chamaria Grande Oriente de França, do qual o nosso Grande Oriente pegou emprestado esse nome.

Desta forma, podemos dizer que, também foi por acaso que o Grande Oriente se transformou em uma espécie de Governo Maçônico Superior, cuja abrangência alcança todo território de um país, bem como poderá possuir um ou mais Ritos.

Quando falamos de Grande Oriente, se faz necessário citar, mesmo que “em-passant”, o Grande Oriente do Brasil, a maior Potência Maçônica da América Latina, fundada em 17 de Junho de 1822.

Nesse sentido, vale lembrar que, o seu primeiro Grão-Mestre foi José Bonifácio de Andrade e Silva, substituído por D. Pedro I, em 04 de Outubro do mesmo ano.
Contudo, 21 dias após sua assunção, ou seja, no dia 25 do mesmo mês, o Imperador suspendeu os trabalhos do Grande Oriente do Brasil, o qual só retornou, com toda força e vigor, em novembro de 1831, após sua abdicação, em favor de D. Pedro II.

O Grande Oriente do Brasil além de abranger todo território brasileiro, possui em atividade cerca de sete Ritos, como já dissemos, sendo que o REAA possui o maior número de Lojas Simbólicas e o maior número de Obreiros.

Portanto, quantitativamente, o Rito Escocês Antigo e Aceito é o mais importante Rito praticado em nosso território. Destacamos ainda que, o Grande Oriente do Brasil é uma Federação formada pelos Grandes Orientes dos Estados, do Distrito Federal e das Lojas Maçônicas Simbólicas, bem como dos Triângulos. Em resumo, um Grande Oriente é uma Organização Maçônica Superior denominada de Potência Maçônica Simbólica, dotada de Soberania no território ou país em que está inserido, ao qual as Instituições Maçônicas acima mencionadas estão subordinadas.

Por sua vez, a denominação Grande Loja nos remete à Idade Média, precisamente para a Alemanha, ainda no período da Maçonaria Operativa, onde através das Lojas dos Talhadores de Pedra teve início a sua criação, e foram se formando por vários pontos daquele território.

Como as Lojas de então eram muito dispersas, constatou-se a necessidade de aproximá-las e organizá-las, criando assim, um Poder Central ou Loja Principal, evoluindo daí para Grande Loja. Esta tinha, entre outras atribuições, o dever de julgar as divergências entre os Talhadores de Pedra. Lembramos que, até esse momento, a Maçonaria era considerada operativa.

Há de se destacar que, diferentemente dos dias de hoje, as Grandes Lojas abrangiam um ou mais territórios ou países, pois, ainda não tinha sido sistematizadas, o que só ocorreria em 1717, com a fundação das Grandes Lojas Unidas da Inglaterra.

Atualmente, restringindo-se apenas no que tange ao Brasil, a abrangência das Grandes Lojas, quanto ao território, está circunscrito em um estado. Como exemplo, podemos citar que o Brasil possui uma Grande Loja Maçônica em cada Estado da Federação com autonomia absoluta e que, uma vez reunidas, são denominadas de Confederação Maçônica Simbólica Brasileira (CMSB).

Ressaltamos ainda que, as Grandes Lojas foram, lá na sua origem, os principais centros de maçons livres, os quais exaltavam as obras de arquiteturas daquela época. Além disso, organizavam e coordenavam suas várias relações institucionais.

Apesar da longa caminhada e intensa atividade, somente a partir de 1717, com a criação da Grande Loja Unida da Inglaterra é que ela se transformou, efetivamente, em um Corpo Superior, independente e soberano em relação às Lojas Simbólicas.

Concluindo, ressaltamos que, não importa a qual dos dois sistemas façamos parte, pois, o que de fato faz a diferença é a nossa dedicação.

Assim, em tudo o que façamos que possamos empenhar-nos em fazer o melhor, dedicando com amor nossos esforços em prol do que acreditamos.


AILDO VIRGINIO CAROLINO Grão-Mestre Adjunto do GOB-RJ e Presidente do CEO postado em janeiro de 2017
 
 
 
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